O conhecimento natural inicia-se e permanece na experiência. Todo esse conhecimento é designado por “mundo”.
Os termos “ser verdadeiro”, “ser real” e “ser no mundo” constituem a parte dominante nas ciências do mundo.
A cada ciência corresponde um âmbito de objectos como domínio das suas investigações, e a todos os seus conhecimentos, ou seja, a todas as asserções correctas, correspondem certas intuições em que objectos do seu âmbito chegam à autodoação e, à autodoação original. A intuição doadora da primeira esfera - “natural” - do conhecimento e de todas as suas ciências é a experiência natural, e a experiência originalmente doadora é a percepção. É uma e a mesma coisa ter um real como originalmente dado, “dar-se conta dele” e “percepcioná-lo” numa intuição simples. Temos experiências originais das coisas físicas na “percepção” externa, mas não na recordação ou na expectativa antevidente; temos experiências originais de nós próprios e dos nossos estados de consciência na chamada percepção interna ou autopercepção, mas não dos outros ou das suas vivências. “Vemos” as vivências dos outros na base da percepção das suas expressões corporais. Esta visão da intropatia é, certamente, um acto intuitivo, doador, mas não um acto originalmente doador. Tem-se consciência do outro e da sua vida anímica como “estando aí eles mesmos” e em união com o corpo, mas não como este que é dado originalmente.
O mundo é a totalidade dos objectos da experiência possível e do conhecimento de experiência, dos objectos que, na base de experiências actuais, são cognoscíveis no pensamento teórico correcto, ou seja, o mundo é tudo aquilo que conseguimos percepcionar através da experiência.
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