Porque razão a Ciência é descontínua?
Pra Kuhn a ciência é descontínua pois o desenvolvimento científico ocorre através de descontinuidades e rupturas.
Na sua teoria há a ciência normal e a ciência extraordinária. A ciência normal é o que se efectua no âmbito de um paradigma aceite pela comunidade dos seus membros consistindo numa actividade de resolução de enigmas. Esta obedece a três normas: a primeira mostra os factos mais importantes de acordo com o paradigma em vigor; a segunda mostra a relação existente entre os factos e a teoria (paradigma) e por último garantir o rigor e a precisão da teoria.
A resolução de enigmas é uma tarefa que obedece a duas condições: existir solução e respeitar as regras do paradigma, mas por vezes isso não acontece, ocorrendo o surgimento de anomalias (problemas sem solução), surgem também descobertas (novos factos) e invenções (novas teorias) o que faz com que a ciência entre em crise. Dessa mesma crise surge a ciência extraordinária. Sendo um problema sem solução só pode haver duas opções: “congelar” essa anomalia ou ajustar a anomalia ao paradigma, ou então pode surgir uma formulação de uma nova teoria com tendências paradigmáticas. Quando isto acontece, dá-se uma revolução científica, a criação de um novo paradigma que é incomensurável em relação ao anterior. Desse processo surge a nova ciência normal…
A ciência progride por ruptura e descontinuidade, porque o novo paradigma não tem nada a ver com o anterior…
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